sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

A Cadeira


Há alguns dias atrás sofri um acidente, um grave acidente do qual ainda sofro danos. Tudo começou com uma cadeira. A cadeira não era simples, mas sim uma "cadeira desdobrável". Desde esse dia que tenho andado a sonhar com a terrível cadeira.

Nesse dia tudo tinha corrido bem, pois tinha uma nova lavagem de "boxers" na minha gaveta de cima (por muito parvo que pareça, dá sempre uma certa sensação agradável, que só se pode obter quando se tem uma nova lavagem de "boxers" na gaveta), mas o terrível pesadelo começou quando, com os dedos em baixo da cadeira, me sento nela. Admito que não foi uma experiência que gostasse de repetir, pois ficar com um certo bocado de "carne humana" á vista é sempre vergonhoso, posso ainda dizer que tenho um certo pudor ao andar assim na rua.

O que é mais engraçado nesta história toda, é que ironicamente os dedos afectados foram, digamos, os do meio, pelo que em qualquer altura, me sinto feliz em me virar a certas pessoas e, mostrando as "vitimas" dos acidentes, dizer "a e tal magoei estes precisos dedos". Ocasiões em que se pode fazer tal coisa sem que as pessoas fiquem ofendidas são raras na vida, por isso, pode-se dizer que entalar os dedos do meio tem o seu lado positivo.

domingo, 11 de novembro de 2007

A Beleza da Música


Hoje, estava eu no meio de uma série de "batucadas", no meio daquela alegria esperada há muito quando realmente observei a beleza daqueles pontos, que seguindo uma ordem formavam uma Música. Tinha já, tentado ter uma alegria prolongada, acabando perdido, perdido no nada, á espera de uma chamada. Tal acontecimento já posto de parte, nos inúmeros arquivos cerebrais, formados diariamente.
Aquele momento passado numa sala, fechado, quase que sem ar, sem espaço para andar mas com espaço suficiente para me exprimir, lá foram saindo umas notas. Essas notas foram tomando o seu local no tempo, acabando por exibir um belo conjunto das mesmas.
Passado pouco tempo tive de olhar para este desmotivante objecto, o relógio, que marcara, no momento, o fim da criatividade.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Solidão

Eu não espero falar neste post num tema lamechas e de difícil desenvolvimento, mas sim ir à procura da verdadeira Solidão. Afinal de contas o que é mesmo estar acompanhado?

Após algum tempo a pensar no assunto, na minha opinião nunca se chega a estar “acompanhado”. Se formos ao sentido etimológico da palavra, cum panis (o que partilha o pão), dá a ideia de uma convivência intima e profunda entre duas ou mais pessoas. Essa definição já não é utilizada, chegando a chamar companheiro ao “conhecido”. Companheiro de quarto, quando apenas se está no mesmo local de um outro humano.

Quando alguém se encontra com outras pessoas, diz-se que está “acompanhado”, isto é, convive e interage com o seu grupo. Imaginemos que um amigo é apresentado a um grupo e o que o apresentou vai-se embora. Nos pensamentos do que ficou com os “desconhecidos” pode-se encontrar as afirmações de que está “sozinho”.

Onde se encontra um elevado número de humanos num curto espaço é no planeta Terra, onde cada um se encontra “sozinho” mas acompanhado segundo o Planeta. O que quererá mesmo dizer acompanhado? Quando se acende a televisão e se encontra desconhecidos a falarem de outros desconhecidos, que passam pela nossa mente diariamente sem alguma vez interagirem connosco, mas que a nossa mente nos engana, dizendo que são importantes. Os media têm vindo a modificar a ideia de companheirismo, uma palavra criada por seres racionais. Mas será que os seres irracionais também a podem utilizar? Quando é que um gato se encontra acompanhado?

Aqui deixo estas ideias que espero aprofundar.



segunda-feira, 15 de outubro de 2007

"Jeans"



Vêem-se por todo o lado. Umas grandes, outras curtas, até rasgadas se vêem. Começaram a ser bem vistas apenas desde os anos 70, criadas por Levis para os operários mineiros.

Esta é uma resumida história das tão faladas “jeans”, nas quais eu reparei que são dos únicos tipos de calças utilizados pela população. O “sujo” e o “roto” têm vindo a ganhar melhor reputação até aos dias de hoje. Sendo inicialmente vendidas como as calças dos pobres, pois eram resistentes e davam para “estragar”, mais tarde utilizadas como forma de manifestação. Antigamente quase que eram gratuitas, atingindo hoje em dia preços impressionantes. Quem as usava era livre, pois não se enquadrava num estereótipo elaborado pela população. Todas as outras vieram a cair em desuso, mas porquê?

O azul estragado faz agora parte das nossas vidas. Calças de ganga velhas, para fazer trabalhos manuais, rotas para ir a uma festa, grandes para andar no dia a dia, polivalência é o que não lhes falta, enquadrando-se em qualquer contexto.

Hoje em dia o mundo apenas conhece as calças como a ganga, e não como as brancas, as amarelas. Cada vez mais a forma de vestir se globaliza. Onde irá acabar? No Futuro não muito distante, apenas haverá uma única farda. Deixará de haver gostos, havendo apenas a “moda”.

Não digo que as tão faladas jeans, sejam um “mau caminho”, pois eu próprio as uso diariamente, não querendo outra coisa, pois são confortáveis e ficam bem com tudo. Apenas acho interessante o caminho que percorreram, sendo o seu passado completamente diferente do seu presente.




sábado, 13 de outubro de 2007

O começo

Estava eu numa aula de Português, fazendo desenhos que pouco interessam para a disciplina, ouvindo a professora a falar duma crónica, da nossa crónica. Seria um trabalho para a nota, pois se fez silêncio na sala. Eu já tinha lido umas quantas, algumas engraçadas, outras sérias, até tristes. Pode-se dizer que sou um iniciante neste campo, mas a ideia de se poder escrever do que se quisesse, entusiasmou-me.

Sempre me apeteceu escrever, apenas faltando a força para continuar. O meu pai, o qual eu considero um escritor “e pêras” sempre me tentou levar por esses campos, uma viagem árdua, mas não impossível. Já tinha tentado escrever num blogue, mas esse foi deixado para trás. Passados 2 anos, decidi começar a pensar na escrita de novo, mas não há escrita sem leitura, tal como não existe leitura sem esforço. Esse esforço rapidamente foi alcançado, pelo que comecei a ter uma leitura assídua. Rapidamente me interessei, buscando novos patamares, a escrita. Assim desejo continuar.